beiro o silêncio
enquanto o cheiro
da morte
acende esta poeira
de sombras
que me adivinha
insone
vontade de correr
num parque
em são paulo
de comer menos
e nunca
depois das 6
lembro de você
no dia
em que nos conhecemos
sua juventude
saltava pra me seduzir
beiro o arrependimento
mas me entretenho
tudo
vale a pena
amor ódio poema
e essa inconsequência
que sempre me fode
mudo de cidade
esqueço tanta gente
especialmente
nomes
mas os rostos
também se apagam
porque a sombra
exige insumo
beiro a solidão
enquanto imagino
o gosto da palha
que envolvia o fumo
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