sábado, 21 de agosto de 2010

RETRUQUE RETOQUE LANÇAMENTO EM SANTARÉM - 25.08.2010


picture by linda flor

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Será na Feira Literária do Sesc de Santarém, na beira do Tapajós, como eu previ tempos atrás em entrevista para Luciana Medeiros, confira:

Holofote Virtual: Pensam em lançar este trabalho fora de Belém?

Paulo Vieira: Sim. Pensar em lançar eu penso: Berlim, São Paulo, Paris, Milão, na Time Square, em Caracas, Buenos Aires, São Miguel do Rio Guamargo, no Bar do Rex em Bragança, Ah, sim! E em Santarém, na beira do Tapajós... Já pensou?... Eu penso.


Coincidência, ou mediunidade? Rá!


Até agora estamos assim:

Ontem 20.08: Show de Lançamento em Goiania (Burnett, solo)
25.08: Lançamento em Santarém (Paulo, solo)
28.08 (sábado): Show Lançamento em Belém, isso, de novo! No Bocaiuva Bar (22:30hs)
29.08 (domingueira): Show Lançamento em Belém, outra vez! No Hangar, Feira do Livro (17:30hs)


E tudo isso com aquela tal de "Nóis Mermo Produção!"

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Não percam!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

BURNETT LANÇARÁ RETRUQUE / RETOQUE NO CERRADO

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PROGRAMAÇÃO COMPLETA

I Colóquio Nietzsche no Cerrado

18 a 20 de agosto de 2010

18/08
Manhã (Auditório da ex-FCHF/UFG)
8:30 – Abertura
9:00 – Jorge Viesenteiner (PUC-PR) – Experimento e violência em Nietzsche: a vida na dimensão
do pathos
10:00 – Miguel Angel Barrenechea (UNIRIO): Nietzsche: as metáforas do corpo
11:00 – Rogério Lopes (UFMG): Notas sobre o ceticismo e vida contemplativa no entorno de Além
de bem e mal
12:00 – Intervalo
Tarde
Sala 1 (Miniauditório da ex-FCHF/UFG)
14:00 – Vital Francisco C. Alves (UFG) – Considerações sobre a formação da memória na filosofia
de Nietzsche
14:40 – Adriano Correia (UFG) – Perdão e promessa, esquecimento e memória: considerações
sobre Arendt e Nietzsche
15:20 – Intervalo
15:40 – Márcio Gimenes de Paula (UNB) – A crítica de Lutero segundo Nietzsche: Renascimento X
Reforma
16:20 – Wanderley J. Ferreira Jr. (UFG) – Nietzsche – o último metafísico? Limites e possibilidades
da leitura heideggeriana de Nietzsche
Sala 2 (Sala 29 da ex-FCHF/UFG)
14:00 – Georgia Amitrano (UFU) – Timpanizar a filosofia: a ausculta do outro nas marteladas de
Nietzsche
14:40 – João Edson Gonçalves Cabral (UEVA/UFC)e Dalila Miranda Menezes (UEVA) - A análise
crítica de Nietzsche à linguagem como política do rebanho
15:20 – Intervalo
15:40 – Leandro Alves Martins de Menezes (UFG) – Sobre o conceito de história em Nietzsche
16:20 – Thiago Alexandre Ribeiro Santana (UFG) – Da interconexão entre política e cultura no
pensamento de Friedrich Nietzsche
Noite (Auditório da ex-FCHF/UFG)
19:00-20:30 – Scarlett Marton (USP): Nietzsche: a obra feita e a obra por fazer
19/08
Manhã (Auditório da ex-FCHF/UFG)
08:00 – Vânia Dutra de Azeredo (PUC-Campinas): A interpretação em Nietzsche: do mundo ao
texto
09:00 – Márcio Silveira (UFBA): Perspectivismo e verdade na obra de Nietzsche
10:00 – Intervalo
10:20 – Anna Hartmann Cavalcanti (UNIRIO): Nietzsche e Wagner: arte e renovação da cultura
11:20 – Henry Burnett (UNIFESP): Nietzsche e o Volkslied: uma teoria da canção
12:20 – Intervalo
Tarde
Sala 1 (Miniauditório da ex-FCHF/UFG)
14:00 – Ildenilson Meireles Barbosa (UNIMONTES) Nietzsche e a filosofia transcendental de Kant
14:40 – Rodrigo C. Rabelo (UNICAMP) – Para os conceitos de estilo e grande estilo no velho
Nietzsche
15:20 – Intervalo
15:40 – Oscar Augusto Rocha Santos (UFMG) - Nietzsche utilitarista?
16:20 – Thabata Franco de Oliveira (UNESP) - Nietzsche: nos interstícios da Filosofia e da
Educação
Sala 2 (Sala 29 da ex-FCHF/UFG)
14:00 – Rogério A de Mello Basali (UNICAMP) – Filosofia no PAS/UnB: leituras do Crepúsculo dos
Ídolos no Ensino Médio
14:40 – Glauber Lopes Xavier (UFG) – Quando penso, não existo – procuro o ser! A poesia de
Nietzsche na revolução urbana de Henri Lefebvre
15:20 – Intervalo
15:40 – Luis Cesar Fernandes de Oliveira (UNIRIO) – A solidão como máscara na filosofia de
Nietzsche
16:20 – Mizael José de Oliveira Filho (UEL) – Probidade fisiológica e filológica: a interpretação
nietzscheana e a recepção de sua obra
Noite (Auditório da ex-FCHF/UFG)
19:00-20:30 – Monica Cragnolini (UBA-Buenos Aires): Apuntes para un pensar que no se agota:
Nietzsche y la biopolítica
20:30-21:00 – Lançamento de livros
20/08
Manhã (Auditório da ex-FCHF/UFG)
08:00 – Rosa Maria Dias (UERJ) – A arte de “dar estilo ao caráter”
09:00 – André Itaparica (UFRB) – Nietzsche e Paul Rée: sobre a origem da consciência
10:00 – Intervalo
10:20 – Ivo da Silva Junior (UNIFESP) – As consequências políticas da dissolução do sujeito em
Nietzsche
11:20 – Márcio Benchimol (UNESP): Nietzsche e o problema da história
12:20 – Intervalo
Tarde
Sala 1 (Miniauditório da ex-FCHF/UFG)
14:00 – Ivan Maia de Mello (UFBA) – A aproximação entre arte e vida em Nietzsche e Artaud
14:40 – Ricardo de Oliveira Toledo (UERJ) – Nietzsche contra os românticos: a questão da
originalidade na arte
15:20 – Intervalo
15:40 – Caio Augusto T. Souto (UFSCAR) – Nietzsche e Foucault: da morte de deus à morte do
homem
16:20 – Abraão Lincoln F. Costa (UNB) – Nietzsche e a superação do niilismo pelo olhar de Gilles
Deleuze
Sala 2 (Sala 29 da ex-FCHF/UFG)
14:00 – Aelton Leonardo Barbosa (UFG) – O Eichmann de Nietzsche: crítica da filosofia moral
kantiana e de uma suposta moral popular alemã
14:40 – Edward Flaviano da Silva (PUC-MG) – Considerações sobre as manifestações da vontade e
crítica à compaixão e ao ascetismo de Schopenhauer à luz das reflexões nietzscheanas.
15:20 – Intervalo
15:40 – Joyce Neves de Campos (UFG) – A origem da tragédia: a tese nietzschiana – uma
introdução
16:20 – Gildete dos Santos Freitas (UFMG) – Eurípedes: o poeta da sobriedade
Noite (Auditório da Escola de Música e Artes Cênicas/UFG)
19:00-20:30 – Oswaldo Giacoia Jr. (Unicamp): Sócrates moribundo e a modernidade cultural:
variações sobre O nascimento da tragédia
20:45 – Encerramento: Apresentação de Henry Burnett – Lançamento: CD Retoque/Livro
Retruque

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

DEPOIS DO SHOW






fotos do show by linda flor

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RETRUQUE DA MEMÓRIA
Para Henry, Renato, Panzera, Artur e Rodrigo.

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“Lançamento de Retruque/Retoque ontem, no Schiva, provou que ainda há público para a poesia e a canção autoral: mais de 200 pessoas foram”. Assim escreveu o poeta e músico Renato Torres no seu twitter, no dia seguinte ao show. Isso num fim de férias belenense, concorrendo com outros eventos ‘grátis’ e com a novela das oito. E foi 20:00 horas, exatamente, que olhei pela cortina escura e constatei que havia apenas umas 10 pessoas. Voltei ao camarim, enchi minha taça com o bom Cotê des Provence, como não podia deixar de ser, e titubiei. Fiquei triste e pensativo, “poesia não serve para ser apresentada mesmo...”. Falei qualquer coisa assim ao Henry, que, tácito, me consolou com um carinho comum de irmão mais velho, que num olhar manso tenta ensinar ao ingênuo alguns caminhos do mundo. 20:30 horas, começava o show. O público eufórico. Não houve dinheiro para cenário. Mas quem precisa de cenário? Na passagem de som Henry me disse “Paulo, vamos de luz branca, só luz branca, pode ser?”. Luz branca. A guitarra de Renato, sua Fender Stratocaster, preta e branca, feito a luz do palco, seu violão 12 cordas Tagima & seu Crafter. E nas mãos de Burnett, instrumentos áureos, sua guitarra N. Zaganin e violão Yamaha. Ao fundo Artur Kunz escrevia versos com suas baquetas velozes. Panzera pôs os pés no chão e a cabeça nas nuvens, seu contrabaixo batia por meu coração. Rodrigo, ao teclado, e sua expressão perdida (só a expressão) completava o cenário. Portanto, como eu ia dizendo, quem precisa de armchair, neon, chantilly, toboágua? O tempo para mim corria líquido, a Clepsidra estava em cena. Renato, de cabeça baixa, concentrado, tecia com o aço de sua guitarra alguns dos versos mais comoventes da noite. A platéia entendia exatamente o que os poetas, cada uma à sua maneira, lhe diziam. Cantei junto com Henry todas aquelas canções. E minha voz ecoava dentro do teatro em cada verso que o poeta dizia com o coração destemido, grave, e os pulmões inflados de esperança. E no teatro ecoava a voz da Clepsidra. E a voz do público ecoava em cada um de nós. Apoteose, a melhor palavra. Finalmente, eu concluiria essa homenagem aos meus pares saltimbancos e rapsodos, com quem tive o prazer de dividir o palco, dizendo “Quem não foi, não faz ideia do que perdeu”, mas prefiro dizer: “Quem foi, sabe exatamente o que ganhou!”. Evoé!

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Pablo