outra vez descer pela encosta 
ombro escarpado do gigante
depois do 4º ou 5º adeus
e cair num diário
sem capa nem miolo
onde mil e trezentos
ou mais cadáveres tolos
se acotovelam
entre escombros
enquanto um zumbi gargalha kkkkk
do topo da montanha
de lixo insular
chorume, emotions, urina, sangue
de um spoiler,
corpinhos nus
destroçados, inexorável 
felicidade nos ossos 
moídos das faces 
irascíveis por pouco
inconfundíveis 
abarrotando a timeline da solidão
vozes vazias de mortos que, 
aos berros ou sem euforia, 
denunciam curtem 
e compartilham
selfies,
desgraças,
ódios, alegrias
.
Paulo Vieira
.
 
 
 


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