domingo, 16 de novembro de 2008

acquatico

.


l'acqua vista de um avião

.


uma corda esticada desde
a infância me recorda o rio
e seus desemboques

magoado, guamado, peixe
na sombra acquosa,
barro misturado
à pele das âncoras,
canoas com pernas
de correr em corr-
ente d'acqua


o marujopoente,
foca sua lanterna,
cuidadosamente,
na marinha, marrom,
serpente deitada
entre verdes tapetes,
respirando por guelras
de sobreviventes


.


poema-em-processo inédito de paulo vieira,
para o livro retruque, contemplado
com a Bolsa de Criação Literária - Funarte 2008/2009

.

Um comentário:

thiara disse...

o cheiro do que tu propõe, parece tão simples pra ti. Senti o gosto de água barrenta e vento quanto li.
Eu não ia comentar, mas não consigo