.
disse pra eu ter muito cuidado na hora da chuva e saiu pela estrada, descalça, desfeita. os cabelos no colo do vento e o desenho do corpo no vestido. o detalhe na parte mais côncava e dentro dela o convexo da concha. era o vento a imprimir em seu vestido o poema do corpo antes da chuva.
.
inédito, paulo vieira.
disse pra eu ter muito cuidado na hora da chuva e saiu pela estrada, descalça, desfeita. os cabelos no colo do vento e o desenho do corpo no vestido. o detalhe na parte mais côncava e dentro dela o convexo da concha. era o vento a imprimir em seu vestido o poema do corpo antes da chuva.
.
inédito, paulo vieira.
3 comentários:
eu gosto dessa...
e bonita e simples, mas como tudo, é muito bem construída...
lembro de quando a li pela primeira vez, me esfriou a barriga por ver a mulher saindo na chuva descabelada e com medo, meio despedaçada e sem chão
hoje eu não tenho medo quando leio, acho bonito e triste
como a maioria das coisas do mundo
kiss
Nesse dia, ela estava vendo o por do sol e pensando que era o mesmo de tantos outros lugares, o mesmo de tantos outros dias. Então sua amiga simone, mais sábia, resolveu olhar pra ela, assim como pareces ter feito quando escreveste a poesia. Ela não se lembra de ter sido melhor "interceptada" antes disso.
Abraço (aquele apertado que me cobras quase todo dia!) RS
rock - ele vai pra chuva também quando alegre, o observador desce do torre depois da poesia. a tristeza é só uma chuva e passa, eu acho.
****
SÓ PRA ESCLARECER O SEGUNDO COMENTÁRIO DAQUI É SOBRE O TEXTO SEGUINTE 'NÃO É VÃO PENSAR EM..."
rominha - ai de nós sem os abraços. nós todos do mundo... minhas costas doem só de pensar.
como te disse 'os jambos são sempre os mesmos, mas nosso paladar se apura...'
hugs,
vieiranembeira
Postar um comentário