sábado, 4 de agosto de 2007

OBSERVATÓRIO VÉSPER

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disse pra eu ter muito cuidado na hora da chuva e saiu pela estrada, descalça, desfeita. os cabelos no colo do vento e o desenho do corpo no vestido. o detalhe na parte mais côncava e dentro dela o convexo da concha. era o vento a imprimir em seu vestido o poema do corpo antes da chuva.





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inédito, paulo vieira.

3 comentários:

Anônimo disse...

eu gosto dessa...
e bonita e simples, mas como tudo, é muito bem construída...
lembro de quando a li pela primeira vez, me esfriou a barriga por ver a mulher saindo na chuva descabelada e com medo, meio despedaçada e sem chão
hoje eu não tenho medo quando leio, acho bonito e triste
como a maioria das coisas do mundo
kiss

Anônimo disse...

Nesse dia, ela estava vendo o por do sol e pensando que era o mesmo de tantos outros lugares, o mesmo de tantos outros dias. Então sua amiga simone, mais sábia, resolveu olhar pra ela, assim como pareces ter feito quando escreveste a poesia. Ela não se lembra de ter sido melhor "interceptada" antes disso.

Abraço (aquele apertado que me cobras quase todo dia!) RS

Paulo Roberto Vieira disse...

rock - ele vai pra chuva também quando alegre, o observador desce do torre depois da poesia. a tristeza é só uma chuva e passa, eu acho.


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SÓ PRA ESCLARECER O SEGUNDO COMENTÁRIO DAQUI É SOBRE O TEXTO SEGUINTE 'NÃO É VÃO PENSAR EM..."

rominha - ai de nós sem os abraços. nós todos do mundo... minhas costas doem só de pensar.

como te disse 'os jambos são sempre os mesmos, mas nosso paladar se apura...'


hugs,


vieiranembeira