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henri cartier-bresson
para romy sato
.
é vão pensar em paisagens como saída
para clarear os olhos escuros
que nos tomam as faces
em noites apagadas
é vão saber que o beijo alcança a boca
se o corpo ainda fechado resiste
à pesada mão do amor
esmurrando suas portas
é vão desprezar a paisagem que já conhecemos
(pois muda-se sempre de onde a vimos
pela última vez, para onde acabamos de chegar)
assim, sem saber, passamos toda a vida
a conhecer a mesma paisagem
e mesmo que no reencontro diferente
nos pareça, é ainda ela exatamente igual a antes
agora nós é que estamos diferentes
portanto, não é vão pensar em nós
como paisagem secreta e iluminada
feito o libidinoso corpo dos animais,
sempre despido, mas que ninguém percebe.
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poema inédito de paulo vieira
para romy sato
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é vão pensar em paisagens como saída
para clarear os olhos escuros
que nos tomam as faces
em noites apagadas
é vão saber que o beijo alcança a boca
se o corpo ainda fechado resiste
à pesada mão do amor
esmurrando suas portas
é vão desprezar a paisagem que já conhecemos
(pois muda-se sempre de onde a vimos
pela última vez, para onde acabamos de chegar)
assim, sem saber, passamos toda a vida
a conhecer a mesma paisagem
e mesmo que no reencontro diferente
nos pareça, é ainda ela exatamente igual a antes
agora nós é que estamos diferentes
portanto, não é vão pensar em nós
como paisagem secreta e iluminada
feito o libidinoso corpo dos animais,
sempre despido, mas que ninguém percebe.
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poema inédito de paulo vieira
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