MESMO DOIS TEMPOS A ESMO
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essa horda de horas que atravessa
a manhã de paris, enquanto caminho
contigo perdido, logo estará submersa
no atlântico, e quando a tarde apurar seu vinho
a horda emergirá em belém, ainda na mesma manhã,
pois agora vivemos sempre as horas de um único turno
seja aqui ou do lado de lá, e em meio ao ofício diurno
de rep(r)isados tempos essas horas, gêmeas, irmãs,
se tornam mais pálidas do que a pálida nuvem
que no ar parasita seus primeiros minutos matinais
e enquanto caminho contigo um desejo me compraz
de doar ainda meu sangue às horas que nos convém
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rio sena, paris,
novembro 2007
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